QUEM FOI ANA KUCINSKI?
Judia, Ana foi uma professora e militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN), organização que combateu a ditadura militar brasileira, dada como desaparecida aos 32 anos, desde 1974. Ela saiu do trabalho na universidade para encontrar-se com o marido para um almoço na Praça da República, no centro da cidade de São Paulo, em comemoração aos quatro anos de casamento. Os dois nunca mais foram vistos.
As primeiras pistas sobre o destino do casal só começaram a vir a público décadas depois, com a redemocratização do país. Em 1993, o ex-cabo do exército José Rodrigues Gonçalves, numa entrevista à revista Veja que nunca foi publicada, declarou que Ana e seu marido foram presos pela equipe de um dos mais famosos agentes da repressão da época, o delegado paulista Sérgio Paranhos Fleury, e entregues aos militares, que os levaram para a Casa da Morte, um centro clandestino de torturas e assassinatos dos exército na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, onde foram interrogados, torturados e executados. A passagem de Ana e seu marido pela Casa da Morte também viria a ser assinalada anos depois por outras fontes militares.
Em 2012, o ex-delegado e torturador confesso Cláudio Guerra, em depoimento aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros para o livro Memórias de uma Guerra Suja, afirmou que os corpos de Ana Kucinski e seu marido foram incinerados no forno da Usina Cambahyba, no Rio de Janeiro, junto com o de outros presos políticos assassinados. O corpo de Ana tinha "marcas de mordidas, talvez por ter sido assaltada sexualmente" e o de Wilson "não tinha unhas na mão direita".
Em memória à Ana, e outras muitas vidas, judias e não-judias, tiradas de forma covarde num período de censura, perseguição aos que pensavam diferente, de total medo e defendido pelo candidato na qual lutamos contra sua ascenção no poder, dizemos #EleNão.
Biografia de Ana Rosa Kucinski gravado pela atriz Fernanda Azevedo.
Produzido pela TV Assembleia
Judia, Ana foi uma professora e militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN), organização que combateu a ditadura militar brasileira, dada como desaparecida aos 32 anos, desde 1974. Ela saiu do trabalho na universidade para encontrar-se com o marido para um almoço na Praça da República, no centro da cidade de São Paulo, em comemoração aos quatro anos de casamento. Os dois nunca mais foram vistos.
As primeiras pistas sobre o destino do casal só começaram a vir a público décadas depois, com a redemocratização do país. Em 1993, o ex-cabo do exército José Rodrigues Gonçalves, numa entrevista à revista Veja que nunca foi publicada, declarou que Ana e seu marido foram presos pela equipe de um dos mais famosos agentes da repressão da época, o delegado paulista Sérgio Paranhos Fleury, e entregues aos militares, que os levaram para a Casa da Morte, um centro clandestino de torturas e assassinatos dos exército na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, onde foram interrogados, torturados e executados. A passagem de Ana e seu marido pela Casa da Morte também viria a ser assinalada anos depois por outras fontes militares.
Em 2012, o ex-delegado e torturador confesso Cláudio Guerra, em depoimento aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros para o livro Memórias de uma Guerra Suja, afirmou que os corpos de Ana Kucinski e seu marido foram incinerados no forno da Usina Cambahyba, no Rio de Janeiro, junto com o de outros presos políticos assassinados. O corpo de Ana tinha "marcas de mordidas, talvez por ter sido assaltada sexualmente" e o de Wilson "não tinha unhas na mão direita".
Em memória à Ana, e outras muitas vidas, judias e não-judias, tiradas de forma covarde num período de censura, perseguição aos que pensavam diferente, de total medo e defendido pelo candidato na qual lutamos contra sua ascenção no poder, dizemos #EleNão.
Biografia de Ana Rosa Kucinski gravado pela atriz Fernanda Azevedo.
Produzido pela TV Assembleia